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Funcionamento do Clube
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Sábado: 7:00 às 22:00
Dom/Feriados: 7:00 às 20:00

História do Centro avareense

História do Centro avareense

Autor: Gesiel Júnior

O Centro Avareense e seus fundadores

Clube foi organizado em janeiro de 1926

A vida social de Avaré, em meados dos anos 1920, era dividida entre atividades bancadas por imigrantes italianos, portugueses e sírio-libaneses através de suas sociedades culturais e beneficentes, por torneios esportivos organizados pela Associação Athletica Avareense ou ainda por quermesses envolvendo os fiéis da única paróquia existente na época.

Entretanto, algumas figuras influentes - na maioria fazendeiros, empresários e profissionais liberais – tencionava abrir um clube na área central da cidade para estreitar seus laços de amizade e de companheirismo. 

O belo prédio escolhido para a sede social era a residência do farmacêutico Octavio de Campos que, a princípio, relutou em vendê-lo, mas depois graças ao apoio financeiro decisivo do chefe do Partido Republicano, coronel João Baptista da Cruz, a aquisição do imóvel se concretizou.

Com o emblemático nome de “Centro Avareense”, a instituição foi oficializada na tarde de domingo, 10 de janeiro de 1926, data em que se deu a primeira assembleia geral precisamente no ponto mais central e pitoresco da cidade: o Largo São João. Na ocasião, além da leitura e aprovação dos estatutos, houve a eleição da primeira diretoria do clube.

Por indicação do dentista Romeu Bretas, quem presidiu a histórica reunião foi o o médico Raymundo do Amaral Pacheco, diretor da Santa Casa local e “um dos mais dedicados propulsores da sociedade”, segundo registro da imprensa da época. 

Baiano, Amaral Pacheco ocupou a função por pouco tempo, pois retornou para Ilhéus, sua cidade natal, onde chegou a ser prefeito e vereador, nos anos seguintes.

No fim da assembleia geral presididas pelo coronel Lindolpho Dantas e secretariada pelo advogado Cory Gomes de Amorim e pelo fazendeiro José Mercadante, o coronel João Cruz, por aclamação, elegeu-se presidente do novo clube para um mandato trienal. 

A primeira diretoria do Centro Avareense foi composta também pelos seguintes sócios fundadores: Adhemar Martins de Almeida (vice-presidente), Horácio Faria (1º secretário, Nicanor Garcia (2º secretário), Olivério Pilar (tesoureiro), Deolindo Barbosa (orador) e Romeu Bretas (intendente).

Respondeu pela Comissão de Sindicância o advogado Tito Ribeiro de Oliveira Motta e a Comissão de Contas foi integrada por João Victor De Maria, Eduardo Rolim, Francisco Bastos, Mário Soares e o coronel Ludovico Lopes de Medeiros. 

SUBSCRITORES – Também aparecem como signatários da ata de fundação os seguintes associados: Abraim Dabus, Adelmar Ferreira, Antônio Lambert, Argemiro Cruz, Arnold Bannwart, Benjamin Novaes, Enrique Volpi, Hani Ward, Henrique Vaz, Jacob Pieri, João Gomes de Oliveira, Jorge Azevedo, José de Araújo Novaes, José de Oliveira Garcia, José Diniz Corrêa, Leandro Martins, Olivério Garcia, Oscar Pinto da Silva, Silvino de Araújo e Urbano Medeiros, além de três outros que governaram a cidade: José Bastos Cruz (o prefeito da época), José Rebouças de Carvalho e Paulo Araújo Novaes.

O Centro Avareense, segundo escreveu nas páginas de “O Commercio de Avaré” o jornalista Francisco Dias de Almeida, “nasceu graças às figuras simpáticas e varonis de seus principais fundadores: João Baptista da Cruz, Raymundo do Amaral Pacheco e Romeu Bretas”.

Em poucos dias o clube arrecadou vinte contos de réis e sua sede social pode ser equipada com piano, bilhar e mobiliário finíssimo para as atividades iniciais.

BAILE INAUGURAL - Tendo como paraninfos o coronel João Cruz e sua esposa Izabel Bastos, na noite de 16 de janeiro de 1926, a partir das 20 horas, aconteceu o baile de inauguração do Centro Avareense. 

Antes, o padre Abel Mendes Telles, pároco da cidade, abençoou as instalações e depois o advogado Deolindo Barbosa proferiu um discurso encerrado com brinde de champanha entre os presentes.

Em seguida, a orquestra regida pelos maestros Amílcar Montebugnoli e Renato Azzolini animou o evento que “rompeu o silêncio com uma bela composição e a mocidade bailou como uma auréola de triunfo na memória de todos”, conforme nota da imprensa da época.